sexta-feira, 27 de junho de 2014

Reflexão sobre a economia solidária em Campinas e o papel do gestor nessa política

Gostaria neta reflexão deixar apontado alguns desafios que os gestores públicos vem enfrentando e devem aguçar seu olhar para as contradições do sistema mercantilista que vivemos.
Primeiro devemos, como bem atentou os textos, fazer uma análise da realidade que vivem as comunidades onde se pretendem atuar. Segundo fazer uma análise do governo e das políticas que esse governo quer implantar e que muitas vezes, as ações de economia solidária é apenas uma ação superficial e sem muito sentido para as expectativas de uma gestão capitalista voltado para o desenvolvimento as custa da miséria e da pobreza.
Então os desafios são: Promover a consciência coletiva, a ética na gestão democrática, na solidariedade da produção e na comercialização para a prática de preços justos e ecologicamente corretos que no meu ver é o bem viver da comunidade. Portanto, plantar a semente da luta “construção” por uma Economia Solidária para uma sociedade mais justa e coletiva é o desafio.
No cotidiano, não é muito fácil fazer. É muito mais fácil falar ou escrever o que se deve fazer. Más quando deparado com a realidade que os municípios vivem e com as possibilidades devemos ser criativos. Sou a favor de que os gestores envolvidos na Economia Solidária não meça esforços para implementar ações, promover, apoiar e fomentar todas as iniciativas de pessoas que mesmo sem entender o que estamos falando ou propondo tenha um pingo de solidariedade e ética. Só assim ampliaremos nossa rede de formação e colocaremos a população em contato com a Proposta da Política Pública de Economia Solidária.
Vou contar aqui o sentimento que tive em algumas ações que participei para promover a Economia Solidária. Foi na produção de Feiras de Economia Solidária, como espaço de troca e comercialização de produtos, serviços e saberes. Sempre gostei de observar as atitudes e o comportamento das pessoas que frequentavam esses espaços. Observei por diversas vezes os seguintes sentimentos transmitidos muitas vezes em conversas paralelas da população que adquiriam os produtos dos empreendimentos, como: Que entidade estão ajudando? Que igreja esta promovendo esse evento? Para quem vai a renda dessas barracas? O que é Economia Solidária? quando olham para o logo e o banner de entrada da feira. A vontade que eu almejava era infinitamente impossível de alcançar, pois teria de mudar a consciência individual para a prática da Economia Solidária. Depois de algum tempo percebi que mesmo as pessoas alheia ao que estávamos praticando levava uma pequena sensação de satisfação e esperança de uma vida alegre e solidária.
Na minha concepção a consciência coletiva tem que ter alcance continental, portanto devemos estimular o maior número de pessoas que tenha um pingo "." de solidariedade e ética. Buscar nessas pessoas essa transformação que almejamos. Por isso, é que defendo que devemos como gestores públicos promover o maior número de empreendimentos e proporcionar a esses empreendimentos alcançarem sucesso, mesmo com algumas decepções no caminho.
Uma metodologia é fundamental para a aplicação da Política Pública de Economia Solidária. Buscar uma Metodologia Sistêmica como uma nova abordagem com a abordagem da interdisciplinaridade. Neste sentido a evolução histórica da construção de uma metodologia de ser explorada através das principais práticas que são detectadas. Suas características devem ser analisadas as tendências de divergência ou convergência e a síntese devem ser apresentados para o apontamento da prática, bem como a definição de uma metodologia sistêmica no contexto da realidade presente e possibilitar diferentes técnicas para definir os problemas e encaminhar as soluções.

Alexandre A Ceccon