O GRANDE CAPITAL QUERENDO ABOCANHAR A GRANDE NAÇÃO BRASILEIRA
A imprensa como instrumento de propaganda a serviço de grupos específicos
“A globalização perversa é baseada em fábulas como a da comunicação global, do espaço e tempo contraídos, da desterritorialização e da morte do Estado. São fábulas porque a informação é centralizada e manipulada no interesse das grandes empresas. A diminuição de espaço e tempo pregada só acontece para poucos. A globalização perversa precisa dos territórios e dos governos internos para se manter e a morte do Estado, por sua vez, só aproveita às poucas empresas hegemônicas.
Todas essas fábulas são inculcadas nos cidadãos antes mesmo de qualquer ação.
Nascem daí a violências estrutural e a perversidade sistêmica, onde a competitividade e a potência (falta de solidariedade ou prevalência sobre os outros) puras, unidas à ideologia neoliberal, fazem parecer normais as exclusões sociais. Fala-se muito em violência da sociedade de nosso tempo, mas esquece-se que as violências que mais percebemos são apenas derivadas. A violência estrutural resulta da presença, em estado puro, da competitividade, da potência e do dinheiro. A essência da perversidade é a competitividade, uma guerra em que tudo vale para conquistar melhores espaços no mercado.” (Milton Santos)
Seguindo esse pensamento e colocando no contexto atual e no pequeno período da retrospectiva democrática brasileira, podemos perceber que ainda é vivo e forte o que nos diz Milton Santos.
Eu, olhando para esse contexto, percebo que existe uma lapso temporal na consciência das pessoas do que é real e o que é implantado. Muitas pessoas esquecem os seus antepassados viveram, o que se viveu a pouco tempo e o que estão vivendo no momento. É importante ressaltar que o ação midiática em grande parte consegue mudar a curto prazo comportamento e linha de pensamento da coletividade.
A força da informação pode fazer grupos de pessoas atuarem como linchadores numa atitude de justiça mascarada de informação sem comprovação da verdade. Pode condenar a morte através de discursos sem provas. Como pode emplacar que um regime militar ditatorial é melhor que um regime democrático. Isso tudo é possível porque a mídia é como camaleão pode mudar de cor de forma e de princípios para se manter sempre em vanguarda na condução da estrutura dos governos. A imprensa privada nada mais é que uma concessão pública de direito do povo e que virou um grande negócio lucrativo e monopolizado.
Pensem em como você neste momento pode estar sendo manipulado pelas minhas palavras pelas palavras editadas dos jornais. Olhe a sua volta, viva e participe da vida na sua comunidade e perceba o quanto a vida precisa ser melhorada e como essas vidas poderão ser melhoras e quem poderia ajudar a melhorar as vidas dessas pessoas e não de um capital individual.
No momento devemos perseverar na democracia nos preparar para sermos agentes de mudança e combater a concentração da renda e defender a diminuição das diferenças sociais. Buscar participar conscientemente nos movimentos que defendem o interesse dos mais pobres dos mais fracos e dos mais necessitados.
Milton Santos nos diz novamente: "Teríamos que retomar o debate da civilização, que foi substituído pelo debate do crescimento econômico: se vamos aumentar os juros, se vamos facilitar um pouco de inflação. Mas a civilização, ela própria, não é objeto de discussão. E isso abre espaço para uma série de barbáries."
Pensamentos de Milton Santos - Postado por Assis Ribeiro - atualizado em 19/08/2014 - 09:28